quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Medicamentos Fitoterápicos

 


Boa noite!

Vejamos, a seguir, um pouco a respeito dos medicamentos fitoterápicos.

Existem fitoterápicos tão eficientes que são distribuídos pela rede pública de saúde do país, mas algumas regras rigorosas dificultam o registro e o reconhecimento de muitos desses medicamentos. Por conta disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa - levantou uma discussão sobre a possibilidade de criar uma nova regra para os fitoterápicos no Brasil.

A ideia é que seja criada uma categoria de "produto tradicional fitoterápico". Nesse grupo seriam aceitas substâncias que comprovem a segurança pelo uso tradicional, sem precisar de comprovação científica, desde que cumpram as condições adequadas de higiene para fabricação.

Para conhecer melhor os efeitos dessas substâncias e os cuidados com esses medicamentos, confira as explicações a seguir.

1. O que são fitoterápicos?

De acordo com a Anvisa, fitoterápicos são medicamentos que têm como princípio ativo drogas vegetais, popularmente conhecidas como plantas medicinais.

Esses compostos agem sobre o organismo proporcionando ações específicas, como melhora de enjôo e náuseas, aumento da saciedade, melhora do funcionamento intestinal etc.

Na fitoterapia, os medicamentos são produzidos a partir de partes das plantas, não possuindo apenas uma substância isolada e sim uma série delas. Essa ação conjunta torna o tratamento mais suave e reduz os efeitos colaterais.

2. Fitoterápicos são enquadrados na classe de medicamentos?

Sim, eles são considerados medicamentos, assim como os remédios convencionais (chamados alopáticos). Por conta disso, os fitoterápicos precisam apresentar estudos científicos e outros critérios para comprovar a qualidade, a segurança e a eficácia do uso.

No entanto, muitos medicamentos fitoterápicos são bem antigos e não possuem esses estudos, não sendo reconhecidos pela Anvisa.

3. O fitoterápico pode substituir medicamentos alopáticos?

De acordo com especialistas no assunto, o fitoterápico pode substituir um medicamento alopático dependendo da doença. Em alguns casos, o efeito é até melhor do que o de um medicamento alopático. Tratamentos de gastrite, por exemplo, podem ser feitos com espinheira santa. Mas é válido lembrar que nenhuma medicação deve ser substituída sem a indicação e o consentimento do profissional responsável. 

4. Fitoterápicos podem causar danos à saúde?

O mau uso de fitoterápicos pode ocasionar problemas à saúde, como o de qualquer outro medicamento. A Anvisa exemplifica alguns dos possíveis problemas: alterações na pressão arterial e distúrbios no sistema nervoso central, no fígado e nos rins, que podem culminar com internações hospitalares e até morte, dependendo da forma de uso irregular.

Por isso, é fundamental usar fitoterápicos seguindo orientações de um profissional da área de saúde capacitado.

5. Fitoterapia é o mesmo que medicina ortomolecular?

Não. A fitoterapia é uma terapia usada com extratos vegetais que vem de uma prática mais antiga e tradicional.

Nessa técnica, todos os compostos ativos são de origem vegetal, mas não há uma substância ativa isolada.

Já a medicina ortomolecular possui como terapia a utilização de substâncias biológicas ou sintéticas, como vitaminas e minerais, de maneira isolada. Esse uso é feito para corrigir alguma deficiência ou até mesmo para combater doenças, no caso da prescrição de antioxidantes.

6. Quem pode receitar fitoterápico?

Segundo a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais, médicos e outros profissionais de saúde devidamente habilitados estão aptos a prescrever medicamentos fitoterápicos.

7. Quais cuidados é necessário ter com o uso de fitoterápico?

A Anvisa lista alguns cuidados que são os mesmos destinados aos outros tipos de medicamentos:

- buscar informações com os profissionais de saúde;

- informar ao seu médico sobre qualquer reação desagradável enquanto estiver usando plantas medicinais ou fitoterápicos;

- observar cuidados especiais com gestantes, lactantes, crianças e idosos;

- informar ao seu médico se está utilizando plantas medicinais ou fitoterápicos, principalmente antes de cirurgias;

- adquirir fitoterápicos apenas em farmácias e drogarias autorizadas pela Vigilância Sanitária;

- seguir as orientações da bula e da rotulagem;

- observar a data de validade e nunca usar medicamentos vencidos;

- seguir corretamente os cuidados de armazenamento;

- ter cuidado ao associar medicamentos, pois isso pode diminuir os efeitos ou provocar reações indesejadas;

- desconfiar de produtos que prometem curas milagrosas.

Na dúvida, procure um profissional de sua confiança!


Facebook: Dr. Adriano Batista - MD




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verdades do mundo