terça-feira, 11 de outubro de 2022

Preconceitos, psicopatia e outros assuntos

 


Vivemos em uma sociedade na qual imperam a hipocrisia, a ignorância, o ódio, a desonestidade, um elevadíssimo índice de analfabetismo funcional, entre tantas outras mazelas.

Em função de fatores como esses, afloram entre a população ideias, atitudes e comportamentos moralmente reprováveis, incluindo os julgamentos precipitados.

Neste país, não raro um homem é avaliado, rotulado, estigmatizado, julgado impiedosamente apenas com base em seu aspecto físico, sua aparência, seu lado exterior.

Verifique por si próprio! Se você não se enquadrar em determinados estereótipos socialmente validados, experimente ir, por exemplo, a algum shopping center, vestido de forma humilde e simplória.

Acha que não será medido dos pés à cabeça?

A medida de um homem nesta sociedade putrefata é traduzida no quanto ele possui, e não no que ele é ou representa.

É a mais pura expressão da verdade! E no Brasil isso parece manifestar-se de forma peculiar. 

Não é nenhum exagero afirmar que este é um dos países mais preconceituosos do mundo!

O brasileiro simplesmente adora discriminar e humilhar seus compatriotas. É sério!

E isso é algo bizarro, detestável, abominável, reprovável, vergonhoso, inaceitável.

Manifestação explícita de burrice, estupidez, canalhice, maldade, insanidade... IMPERDOÁVEL!

A fusão da síndrome de vira-latas com a arrogância, a ignorância e o preconceito.

Graças a essa oligofrenia coletiva nacional, muitos cidadãos simples e de bem passam diariamente por situações extremamente constrangedoras, humilhações e sofrimentos incomensuráveis, que poderiam ser perfeitamente evitáveis.

Porém a insensatez, muitas vezes associada à psicopatia em algum grau, costuma prevalecer nestas terras e gerar frutos indigestos!

E já que a psicopatia foi mencionada, e visando a evitar julgamentos apressados e precipitados e consequentes injustiças (tão comuns em nossa sociedade cultural e intelectualmente deficiente), é útil e necessário saber identificar e distinguir adequadamente certos perfis.

Separar corretamente o joio do trigo, e não misturar alhos com bugalhos.

Dito isso, comecemos exatamente com aqueles que representam perigos inequívocos para a saúde da estrutura social: os famigerados psicopatas!

Espalhados por toda parte, infiltrados em todos os setores da atividade humana. Geralmente atuando de forma sub-reptícia, ocultando com maestria suas verdadeiras intenções.

Praticamente imperceptíveis!

Mestres na arte da dissimulação e da manipulação, podem ser encontrados em instituições como hospitais, empresas, clubes e associações etc.

Vestidos impecavelmente, detentores de boa lábia e grande capacidade para influenciar e convencer suas vítimas.

Sedutores natos! Perniciosos, sorrateiros, estrategistas. E cruéis e sádicos!

Incapazes de ter empatia e demonstrar os mínimos resquícios de compaixão.

Chegam aos píncaros do prazer ao presenciar, causar ou tomar conhecimento do sofrimento alheio. Para eles, um apogeu de endorfina e satisfação incomparável!

O mais preocupante é quando indivíduos dessa natureza assumem posições que lhes conferem algum grau de poder e controle sobre as vidas e os destinos de outras pessoas.

Exemplos clássicos ocorrem na política, nos governos, nos serviços públicos, nas escolas, nos fóruns etc. Egos hipertrofiados, almas vazias.

Como são seres totalmente desprovidos de escrúpulos e empatia, sua presença nesses locais amplifica substancialmente seus campos de influência, e potencializa consideravelmente os danos que podem causar.

Isso significa que virtualmente não há limites no que concerne à quantidade de pessoas que eles podem prejudicar por meio de suas ações doentias e maquiavélicas!

O segundo grupo a ser analisado é o dos antissociais. Não devem, necessariamente, ser confundidos com os psicopatas, embora casos pontuais não possam ser completamente descartados.

Em geral, nesse grupo incluem-se os tímidos, introvertidos, retraídos, introspectivos.

Preferem o isolamento, o silêncio, a solidão. Podem sentir algum desconforto quando estão em público. A vida social, em determinados casos, representa dor e ameaça. É, inclusive, possível identificar indivíduos acometidos em alguma medida pelo espectro autista, o que não significa que sejam anormais.

O fato é que a maioria dessas pessoas é mentalmente sã, e fizeram uma opção - consciente ou não - por um estilo de vida que incorpora fatores como solitude, silêncio, frieza, isolamento, estoicismo, minimalismo.

Apreciam a própria companhia, juntamente com um bom livro, música, séries etc. A solidão não os afeta.

Parecem ter descoberto um modo de autossuficiência, autoproteção e autopreservação frente a uma sociedade cada vez mais caótica, intolerante, hostil, violenta, e repleta de perigos, elementos idiotas, imbecis, perversos e... Psicopatas!

Muitos insipientes e preconceituosos não conseguem compreender o modo de vida dos antissociais e podem, erroneamente, classificá-los como pessoas estranhas ou esquisitas.

Para concluir, é imperioso ressaltar a necessidade do respeito às diferenças. Evitar ao máximo o impulso de julgar as pessoas por suas aparências. Aprender a ser mais tolerante, compreensivo, inteligente e sábio.

E isso pode ser alcançado por meio de boas leituras, e adotando uma postura crítica. Questionando racionalmente a realidade, garimpando informações de qualidade, edificantes, de fontes confiáveis.

Por fim, não deixar de reconhecer que nada nesta vida é absoluto. Para cada regra, há pelo menos uma exceção comprovada.




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